Linhas
Traçando tais linhas, confesso em remissão; desabafo!
Os sentimentos, aprisionados no peito, quentes e vivos...
Como sangue, percorrendo meu corpo.
Ar que respiro, luz e cores, raios do sol, este calor!
Minha alma pequena torna-se, no ínfimo, universo de sonhos!
Carências que tenho, desejos, insólitos argumentos...
Trêmulas são minhas mãos, nota-se pelos traços da pena...
No papel, as gotas deste tinteiro na luz mínima da vela.
O copo meado marca sutil carmim do fruto da videira!
Fermentado em lagar, por tempo guardado, hoje sorvido...
Intento deste ao esquecimento conduzir, fato frustrado!
Meu amor sendo por ti maior que as dimensões astrais. Via Láctea!
Não busco perdão, muito menos me escuso por ter tais sensações!
Da vasta solidão, nos clamores, ergo minha voz em pranto, dê-me paz.
Enviado por Brutus (Anjo Azul) em 07/06/2008